Esse é o 1° volume de uma trilogia, escrita pelo autor Pierce Brown, publicada no Brasil pelo selo Globo Livros.
Então aqui a gente vai conhecer o Darrow. Ele é descendente dos primeiros pioneiros. Os pioneiros foram pessoas enviadas a Marte, a gerações passadas para extrair um material chamado HÉLIO 3, que ajudaria na terraformação do planeta. Já que no futuro, como a Terra está super povoada, os habitantes precisam sair, mas pra isso é necessário deixar Marte habitável.
Como Marte até onde se sabe, é um deserto estéril, esses descendentes vivem no subterrâneo. Existem cidades inteiras embaixo do planeta. A sociedade aqui é dividida por cores, e essas pessoas são os Vermelhos, que é a classe mais baixa.
Entre os Vermelhos, eles são divididos em clãs, e os clãs são incentivados a competir entre si pra ver quem consegue extrair mais HÉLIO 3. Sendo Marte um deserto, não é possível cultivar nada, então todos os recursos são enviados da Terra. Acontece que cada pessoa recebe uma cota, mas que não é suficiente pra viver. Então o clã que extrair mais desse material, ganha mais comida, produtos de higiene, remédios, e por aí vai.
Os habitantes daqui são forçados a amadurecer muito cedo. Com 13 anos a pessoa já é considerada apta para o trabalho, o Darrow com 16 anos já é casado. Pra se ter uma ideia o tio dele com 35 anos já é considerado idoso. Isso porque com as condições de vida que eles convivem a expectativa de vida é baixíssima.
A verdade é que eles são tratados como escravos. A esposa do Darrow, a Eo, vê isso. Ela fica pedindo a ele que lidere um levante contra o governo, mas ele não quer. Entre os Vermelhos já existe um grupo que se opõem a esse sistema, eles se denominam Filhos de Ares, e vivem promovendo ataques. Mas o Darrow só enxerga eles como terroristas.
Já a Eo acredita que se ele começar uma rebelião, os outros vão segui-lo, isso porque ele é um Mergulhador do Inferno. Esse é um trabalho super complicado. Ele é responsável por fazer o primeiro furo, para que os outros mineradores venham atrás extraindo o material. Para exercer essa função, a pessoa tem que ser muito inteligente e habilidosa. Todo mundo respeita muito um Mergulhador do Inferno.
O Darrow se recusa a incitar um levante, porque acha que não vai adiantar nada. O pai dele já havia tentado um ato de rebeldia, e foi morto por isso. Então ele está conformado, achando que o melhor que dá pra fazer, é viver de acordo com o sistema.
Isso até que um acontecimento terrível ocorre, e ele acaba indo parar junto aos Filhos de Ares, e descobre a verdade (que eu não vou falar o que é pra não estragar a surpresa!). Então ele decide se juntar a causa.
Bom, agora vou falar um pouco sobre os assuntos que o autor abordou no livro.
Vou começar falando sobre a questão social. Esse sistema de cores em que eles vivem, nada mais é do que o sistema de castas que a gente conhece. Que na minha opinião é o sistema mais injusto no mundo pra se viver.
Porque nesta situação, a pessoa não tem o direito de tentar melhorar de vida. Se ela nasceu em uma classe baixa, ela é obrigada a passar o resto da vida sofrendo, sem o direito de buscar melhores condições para viver.
Aqui nesta sociedade, os Dourados são a classe mais elevada, e eles subjugam todas as outras cores com mão de ferro, mas principalmente os Vermelhos.
Gostei muito do jeito que o autor trabalhou essa questão da disparidade social.
Eu estava amando muito o livro até aqui, mas depois disso a história virou Jogos Vorazes. E não é que eu não ame Jogos Vorazes, porque eu amo, mas estava esperando mais guerras interplanetárias, disputas entre as cores e tal.
Quando ele vai parar em uma escola, o livro começou a desandar de vez pra mim. Atá a questão das casas onde os estudantes são colocados, me lembrou muito os 12 distritos de Jogos Vorazes.
Basicamente, os jovens são enviados à uma arena, pra disputarem entre si. E o que me deixou frustada, é que o fato de se passar em outro planeta não fez diferença nenhuma na história. Se eles fossem enviados para uma floresta na Terra, a história ia continuar do mesmo jeito.
Gostei das disputas, maquinações e traições que tem aqui. Gostei muito da evolução do protagonista. Só queria que essa história fosse mais uma luta de gente grande, não uma disputa entre crianças pra ver quem vai pegar primeiro a bandeirinha.
No final do livro, ele ainda fala que vai continuar o treinamento, o que na hora me lembrou o Massacre Quaternário, de Jogos Vorazes.
Gostei muito do livro sim, mas talvez se tivesse ido com menos expectativa, teria gostado mais. Eu recomendo essa história pra todo mundo, principalmente se você gostou de Jogos Vorazes, ainda mais agora, já sabendo do que se trata.
Quero muito ler as continuações, mas espero que o autor explore mais o cenário grandioso que ele criou.
Então é isso, espero que tenham gostado, até a próxima. Tchau!
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